quarta-feira, 16 de abril de 2025

Sobre o Impossível

E quando o impossível é tangível?

Quando o inominável é verbo

E o inenarrável é grito?

Quando o silêncio se veste 

O impossível acontece!

Espreita pela noite mais negra, negra, negra

tao negra

Que as cores dos dias 

Se dissipam (se existem, não as sinto)!

As palavras desistem

prendem na garganta 

Que soluça o grito

Que treme e balança 

Uma nova DOR!

Que não sai 

Que fica como que

Agarrada à pele 

Às voltas nas entranhas...

Num torpor...

Que lateja dos pés à cabeça!

E o ar que não entra?

Não o suficiente!

- inspira! - expira! - respira!

Os olhos já não têm mais lágrimas 

O peito é fogueira 

Nada mais ali cabe

E tudo ali arde!

Encolhe, encolhe e dói ...

Cresce, cresce e dói ...

- Fecha os olhos!

- Abre os olhos!

-Não passou de um sonho mau!

Mas a noite mais negra,

Tão negra,

Continua ali

À espreita 

Daquele jeito...

Que veio para ficar

Que veio para assombrar!

O mundo rodopia

Mesmo sem ar

E o Impossível respira 

Até nos sufocar!

E o Indizível 

É agora nome que se fez verbo

Finaliza histórias 

(Ainda com tanto


por contar...)

E inicia o capítulo das memórias!


CFV

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