domingo, 30 de dezembro de 2012

Adeus 2012

Lutas                     conquistas
perdas                                        alegrias
Saudade(s)                  amigos
família                 Saudade(s)
dor               Distância(s)
desejo             vontade(s)           raiva(s)
música(s)                          vida
noite(s)                   dia(s)               vazio(s)
Saudade(s)            incerteza(s)
medo(s)           querer(es)
mais           melhor               (para) Sempre!


ecos de um tempo que não volta mais...
o tudo e o nada
as mãos dadas
as palavras que se soltam
um ciclo que termina
e outro que recomeça
o novo e o velho...
sentidos repetitivos
corpos despidos
e almas perdidas
à espera.... sempre à espera
desse tempo que parece perdido
mas na verdade ele é apenas
um movimento perpétuo...

CFV



sábado, 15 de dezembro de 2012

realidades

Esta noite
tenho aquele sentimento
em que apesar de tudo nada chega,
apesar de muito, tudo me parece pouco...
Será o cansaço de noites ocas?
Em que nada se aprende, nada se conquista
e tudo o que se aproxima é
exatamente o que quero longe...
Esta noite carrego em mim cansaços e repetições
pessoas inconvenientes e músicas vazias de significado,
mais do mesmo...tanto do mesmo!
Esta noite carrego a ilusão
de sonhos que teimam em não se realizar
carrego o peso da realidade
que se me apresenta numa cascata de gente vazia..
e só me apetece gritar...
porque a esperança desvaneceu, a fé é só uma palavra
e nada mais resta nesta vida que de tão real me parece cada vez mais impossível!

CFV





sábado, 1 de dezembro de 2012

dezembro

E finalmente dezembro!
É que novembro é...
um quase que nunca se concretiza!
Já dezembro traz a definição,
um fim,
uma contagem decrescente!
E quando há um fim
também há um início!
Dezembro cheio de planos
concretizações que se constroem no pensamento,
de promessas que fazemos a nós mesmos!
Dezembro:
friozinho a bater na cara,
cachecol que nos acolhe,
cheiro a lareira em noites de
doces lembranças...
Há uma família para voltar.
amigos para abraçar
uma alegria que nos aperta o coração
só de imaginar!

CFV

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SEM TÍTULO

Ele há dias assim,
afogo por dentro em palavras que teimam em não sair
os pensamentos correm a mil à hora
o coração bate porque sim...
e nada bate certo!
Nem o ritmo, nem o silêncio!
Até a lua veio hoje enfeitar um céu  já estrelado!
mas onde estão essas nuvens,
se me sinto como num dia de chuva anunciada?
Nada bate certo!
E numa última tentativa
a música corre....mas nem ela fala por mim!
As palavras que saem
não têm cadência
nem dizem o que quero e
muito menos o que sinto!
Desisto!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Noites de raivas perdidas

Gosto de chá,
gosto de canela,
gosto de chá com canela
gosto de mim, na solidão dos dias
odeio me na solidão das noites..
e de repente aquela música entoa no fundo da minha cabeça
"gritos mudos chamando à atenção... oohohoho" !
um eco do que fui
acompanha me hoje
amanhã não sei quem serei
que réstia de mim ficará!
A vida corre demasiado depressa
e demasiado devagar
e tudo me entristece
tudo me enoja até!

Corro as fotos
mil sorrisos
alegrias fotografadas,
e tudo somado
um grande nada
tudo o que não interessa ali está postado
em enormes sorrisos enganadores
em tentivas de fixar momentos
guardar o que se pensou serem momentos de uma vida feliz!
Mas é mentira!
nestas noites em que o pior de mim me acompanha
eu sei o que sou
nem feliz nem infeliz
sou apenas uma réstia do que queria ter sido
Tantos sonhos por terra, tantos planos gorados
tanta batalha, tantas perdas...
em noites como esta não vejo os ganhos
não vejo o porquê
ou mesmo a pertinência da vida...
tanta foto, momentos captados
e apetece me gritar ao mundo
mas ninguém me ouve...
na verdade,
todos temos os nossos gritos mudos
em noites traiçoeiras
e portanto, porque me ouviriam a mim,
quando nem sequer me veem?

CFV


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TEMPO

Mais um fim de semana,
o tempo passa
mas nem por isso se apressa!
Segue o seu curso
sem se apoquentar,
sozinho...
sem se lembrar que
quem está longe
só pensa no tempo...

E ele que não passa!
o tempo vagaroso,
precioso,
caprichoso,
odioso até...

O tempo
com tanto tempo
sem pressas,
sem amarras
preso somente a ele próprio...

...como se não houvesse saudades...

...saudades...
que precisam de se afagar
num abraço apertado...

ai tempo,
não terás tu um olhar perdido
que precisa de se encontrar?
não terás tu um porto de abrigo
a que precisas de chegar?

Leva -me contigo
para não sentir esse
vagar,
esse lento passar!
Envolve me em ti
e talvez eu esqueça
e adormeça
na saudade...
no abraço que tarda,
no olhar que se acha !

Depois
tudo passa
fica apenas
um sonho apressado
uma noite sem tempo
de saudades imaginadas
de desejos inventados !

CFV




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Esquecimentos


E quando tudo parece longínquo
e Já mal se vê,
bem lá ao longe,
Distante…
Esquecido...
ou apenas adormecido?
Pois…
De súbito, surge essa distância,
entra sem bater e ali fica ela,
especada a lembrar que o passado não nos larga,
que a distância é só uma palavra,
inventada no desespero de alguém
para que tudo ficasse bem
para que a dor passasse e se transformasse
apenas numa sensação!
Mas que imensa mentira
É a vida…
Nada é o que parece
E o que parece ser Tudo,
transforma-se em Nada!
Ficam se com as cinzas de memórias fugidias…
Até que um dia
O longe faz-se perto,
descobre-se
uma distância inventada
e uma vida até ali
apenas suportada!


CFV

domingo, 23 de setembro de 2012

Viagens perdidas

A alma que,
num final de tarde, 
                                        viaja...
pensamentos rebeldes
borboletas na barriga e
caminhos percorridos mas
nunca aquela luz!
De repente,
volta-se para onde não queríamos voltar
num instante de volta àquele lugar cinzento,
uma volta apenas
é o suficiente para perder o que custa tanto a conquistar!

CFV

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Recordo a partida
com borboletas na barriga...
nos lábios sorrisos
e o olhar.. bem sabia para onde ía! :)

Parti, cheguei e
foi como sentir a liberdade
depois de há tanto perdida!

Faço-me de partidas e chegadas...
Verdade!

E já parti e já cheguei,
novamente...
Mas era capaz de jurar,
nunca  assim doeu!
E lá parti e cheguei
com olhar em lágrimas
com nós no estómago
e com esta saudade imensa
que não paro de sentir
porque o tempo caprichou,
passou a correr e agora,
até parece que parou!


domingo, 2 de setembro de 2012

Regresso

Venho de pequenos mundos
passei por GRANDES avenidas
ruas submersas de pressas
e sem mais delongas
o mundo cresce,
à minha volta a imensidão.
gente e mais gente
boa disposição e muita muita boa confusão!
Lá trás
pequenas GRANDES aventuras
...
que passam a BOAS recordações
pois agora vou para outros mundos
viver reencontros, sentir o abraço amigo,
afogar saudades em finais de tardes nos sítios do costume:
o meu pequeno GRANDE mundo! ...

CFV

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Movimentos perpétuos

No final de mais uma etapa,
que pode ser um final de mais um dia ou
um final apenas...
Guardo dentro de mim muitos finais e muitos inícios
mas nunca dói menos, nunca deixo de me espantar!
E por isso hoje há memórias que me assaltam
raiva que me acelera o coração
lágrimas que se enrolam na garganta
imagens vivas que correm em recordações difusas!

Guardo dentro de mim a força que me guia
essa é minha, minha, minha!!

Mas há finais de dias,
que mais parecem finais de histórias tristes
que escondem forças e risos e
que trazem à tona
dores e porquês,
que me fazem duvidar,
sentir o que não quero e
novamente a raiva de ainda me espantar!

Quero gritar, mas nada sai...
e dentro de mim cresce qualquer coisa!

Não sei quem serei depois deste final de
etapa, de dia, de fim,
sei que perdi mais um pouco de fé,
sei que perdi mais um pouco de mim,
sei que perdi...

Mas guardo dentro de mim a força que me guia,
minha, só minha, muito minha,
e sei que um dia vou descobrir o que ganhei
e em que me tornei...


terça-feira, 13 de março de 2012


Voa voa voa...

No final de mais um dia
o cansaço abraça-me
a tristeza comove-me
o silêncio volta...
Primeiro como um tónico,
depois como um ensurdecedor castigo
inquieta-me a alma
ressaltam memórias

e o meu olhar foge de mim
deixo-o ir, ir, ir...
e de repente
deixo de estar, de ser, de poder
Controlar...(as)
mãos geladas,(o) sorriso malandro,
(os)olhares que se cruzam,
(os)desejos que se encontram
(as)vontades que voam
(os)sonhos infinitos...
tudo, tudo, tudo
tão deliciosamente castigador e real apenas e só
Dentro da minha cabeça...
o meu pensamento voa
deixo-o ir, ir, ir...
e de repente
deixo de estar, de ser, de poder
porque o que quero não passa de um sonho imenso apenas e só
Dentro da minha alma...
saio de mim,
dispo a minha pele,
fujo do que sinto
porque preciso, ai como preciso...
e vivo como quero apenas e só
dentro do que sonho...
deixo o sonho ir, ir, ir
agarro-o mas logo o deixo porque ele só é perfeito
Dentro do que sou!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sweet dreams

Construir castelos...no ar!
Adoro fazer isso...
já me tinha esquecido da sensação
das emoções,
do friozinho na barriga,
dos sonhos construídos em segundos,
vidas, às vezes!
Depois vem o inevitável,
a solidão e tudo o que com ela traz...
cada vez mais penso:
VALERÁ A PENA?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Desabafos

Na verdade penso muito no que sou e no que faço,
sinto sempre que dou demasiadas oportunidades e ainda assim
poucos são os que me conhecem verdadeiramente...
tento sempre fazer o meu melhor... mas poucas vezes sinto que chega!

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...