Minha querida liberdade,
"A cada esquina um amigo"
Na madrugada mais bela
Porque tantos esperaram
Espreita agora, a cada esquina, um velho conhecido!
Devagarinho, ergue-se, um velho perigo!
Naquela madrugada,
Soltaram-se os mais belos sonhos
Abraçou se um povo inteiro
De rostos risonhos
Banhados em lágrimas de alegria
Que lavaram anos a fio
De um passado sombrio!...
Foi a manhã que deu os frutos
De vidas de lutas!
E o povo saía à rua convencido
Que nunca mais seria vencido!
Hoje, ao contrário de ontem
Os cobardes erguem-se,
E a cada esquina,
Semeiam a mentira
Gritam palavras de ódio
Cavando o fosso da desiguldade e da injustiça..
Tacanhos, como eles só
Ousam sobrepor- se a uma luta ganha
Acham que podem apagar gentes tamanhas!
Por eles, falta hoje cumprir-se Abril!
Dentre o ontem construído na alegria
Ergue se, de soslaio, uma sombra
Que vai cobrindo a mais bela das madrugadas,
Numa penumbra doentia!
Os vampiros voltaram
Estão de dentes afiados
Para sugar o sangue de quem sonha hoje como ontem!
Pairam aqui e ali
Numa tentativa de reescrever a história
Sem um pingo de vergonha
Teimam em manchar a memória
Dos que nos presentearam com a mais verdadeira vitória,
O bem mais valioso
Para o povo!
Abril trouxe-nos a Liberdade
E essa nunca nos vai largar!
Os vampiros já nem se escondem
E sem vergonha
Querem o passado já derrubado
Cercar a vontade de um povo
Que unido jamais será vencido!!
Hoje, como ontem
Não perco a esperança
Nem nunca me arrancarão
O que Abril
Plantou no meu coração!
O que me foi dado
Nunca mais será tirado!
Que eu construi me livre
E livre sigo
De liberdade na mão
De peito feito
Grito bem alto
Que o povo unido
Jamais será vencido!

Sem comentários:
Enviar um comentário