quarta-feira, 10 de abril de 2024

Abril Sempre

50 anos de abril! 

E parece que tudo o vento levou

E as águas mil

Lavaram o que abril conquistou! 


Ai que raiva

E tanta vontade

De perder a calma! 


Fecho os olhos! 

Grito! 

Em silêncio! 

Grito! 

Por dentro! 


O meu corpo (de Mulher) 

É uma arma

Um míssil

Pronto a disparar

Pronto a calar

Estas vozes bafientas

Estas vozes nojentas

Vazias de tudo o que importa

Cheias de ódio e de morte! 

Pequeninas, bolorentas

Que teimam em crescer e erguer

Velhos tacanhos

7 palmos abaixo do chão! 


E os velhos meios mortos

Inspiram os novos zombies ignorantes

Vazios como só eles são, 

Os seguem, 

Cegos e cheios de si, 

Seres feitos de medos

Aterrorizados pelo tanto que não sabem

Sedentos de se multiplicarem

Pois, que só assim podem sair dos buracos

Que os moldaram! 


E toda eu estremeço

Ao ver o tanto que podíamos ser

E o tanto que nos teimam em roubar! 


Mas nada em mim se vai calar! 

Não esmoreço! 

Vou para sempre gritar! 

E lutar, lutar! 

Agora mais que nunca, 

Contra os canhões da ignorância

Marchar! Marchar! 

Em frente

À frente dos que, para trás nos querem puxar! 

E se tiver que disparar

Que se mate, de vez, 

Os que nos querem atrasar... 

Estes restos de um Portugal cinzento

Que nada tem de heróis do mar! 

Marchar! Marchar! 

Até que o nobre povo 

Valente

Seja capaz de construir 

Uma nação igual

E que isso possa, sim, ser imortal! 

CFV


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