segunda-feira, 4 de junho de 2018

Natureza morta
pensamentos escuros
contradizem-me
entre vozes mudas
de silêncios ensurdecedores...

Alma negra
ávida de infinito
sedenta que a luz entre
olhar adentro
num fim de tarde
num pôr de sol quente
a queimar os lábios secos
que atravessaram desertos
à procura incerta
do néctar dos deuses...

Natureza contraditória
que acompanha
um corpo inerte
habitado por mil almas vívidas
que até parecem ter um caminho definido
uma rota certa
como se fossem
almas sentidas
vividas
entre questões e reticências
entre desejos e fracassos
numa ânsia de mais
sem saber quanto
sem saber como
sem querer saber porquê
restando pedaços entre o sim e o não
num copo meio cheio
de fins de tarde
de dúvidas que se dissipam
em noites e luas cheias
de certezas enganosas
em gestos e formas
voluptuosas
que acalmam e trazem o perdão!




CFV

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...