O tempo, caprichoso
passa sem se importar
Mais rápido que nunca...
Sinto- o nos dias que seguem em catadupa
Nos dias mecanizados:
Eles passam e não marcam... Escapam!
E mais, muito mais,
Nesta tua ausência
Agora, estás mais presente!
É uma ausência que se divide
Dentro do que fui antes de teres partido
e do que restou depois de ti!
É Dezembro...outra vez...
As luzes, o frio, a manta quentinha
E como sempre
O natal a chegar...
Sem ti, quando era teu!
A minha mente voa
Numa tentativa de evasão
Mecanizando os dias deste tempo que
Se tornaram num inverno gelado e permanente
Numa dor imutável
Constante...
Cumpro as tradições
Partilho sorrisos
E brindo à magia de época...
Mas só eu sei
O quanto custa
O quanto tudo isso me é arrancado à força...
Nas memórias deste tempo tão teu
Mantenho te viva
Na tradição que eras tu
Mereces que o faça
A saudade é maior porque
Estás em todo o lado
E em contradição
Mantenho te nesta dor. . .
É mais um dezembro sem ti
É mais um natal sem ti
Quando estás tão dentro de mim!
CFV