terça-feira, 26 de agosto de 2025

Aperto


Do nada

E em tudo

Sentes o fim de um tempo

E o futuro no presente...

O que virá?

Quando e como será?

Fica ali aquele nó na garganta

Um burburinho no estômago

Que sobe devagar

Até ficares sem ar...

Enterra-lo com força

Entre uma tarefa e um pensamento

E meio que desaparece!

Mas...

Do nada 

Volta aquele sentimento 

De um futuro cada vez mais presente

E sabes que é o fim de uma era

Que há um tempo que finda

E outro que começa incerto 

Certo, certo é que o desconheces....

E Recusas 

Empurras 

Bem pro fundo

Tudo o que ainda não sabes!

Esqueces mais um segundo

Que o dia um dia finda!...

E volta, meia volta

O nó na garganta 

Reaparece!

Regressa!

É como um baque

Que te corta o ar

Que te faz desabar!...

E por dentro 

Apenas resta  

Uma espera intolerante 

Que abafas num suspiro prolongado 

De olhos bem fechados...

Mas lá  continua  cada vez mais perto

Esse futuro no presente

Que  aperta!

E é nessa escuridão que segues 

Que recusas... Impotente!


CFV

CFV

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...