sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Confissões III

Há dias sonhei com todos os meus medos
o coração apertou-se, senti que as lágrimas corriam alma afora, soluçantes...
cerrei os dentes, virei-me e revirei-me ,
mas estavam lá todos os meus medos a cortar-me em pedacinhos uma vez mais ...
a alma estilhaçou-se e eu senti-a aos cacos...
deixei de existir há muito... percebi...
afoguei porque deixei -me afogar uma e outra vez...
naquela noite revivi más sensações...
acordei com o coração pequenino e uma imensa vontade de
simplesmente, por ali ficar, muda, inerte, insensível!
não queria ter sentido!
Mas depois percebi,
não adormecemos como sempre...
e quando não adormecemos juntos, os medos voltam a povoar a minha alma e transformo-me num náufrago no meio de uma onda gigante, à espera do último fôlego até que os olhos se fechem! 
não adormecemos no mesmo sonho, abraçados, sonhadores, animados pela esperança de que a distância nada impõem, nada tira....
não adormecemos com a carícia de dois apaixonados,
faltaste ao meu aconchego, senti frio desde que me deitei...
percebi que mais nada poderá ser igual
que por mais que os medos existam
tu és o meu porto seguro e
 já não te posso afastar mais de mim
tu és a paz que finalmente encontrei!

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