domingo, 30 de junho de 2019

Suspensa

Olho suspensa
Pela janela
Procuro respostas entre
Este infinito de nuvens
Que me trazem apenas
Um horizonte perdido
Um brilho que me diz
Que nada é concreto ou definido!
Suspensa é como vivo
Intensa na tua ausência!
Dizem me que brilhas em mim
Que vives dentro do que sou...
É assim um gesto de esperança
Eu sei
Mas quem me dera
Saber que o tempo voltou
Ao tempo que era Nosso
Ao tempo que vivias comigo,Nos encontros e reencontros,
Na saudade da distância e nas despedidas!

Que não há nada que pague
O teu abraço
O teu sorriso
As nossas lágrimas contidas
As tuas e as minhas zangas...
Ai!! O que eu dava para mais uma chatice
Mais mil casmurrices
E no fim, sempre uma lição de vida!!
Não há esperança que ganhe
A esta tua inesperada partida!
Não há gesto
Que devolva o que perdi com a tua ida
Não há horizonte
Que me tire este suspiro triste
Com que agora respiro!
CFV

quinta-feira, 27 de junho de 2019

...(s)em Ti

5 meses de Ti...(s)em Ti!
Ausência injusta Vazio incomensurável...
Ainda não te consigo falar...
Simplesmente não posso
Não posso aceitar....
Não posso parar...
Sigo, avanço
Um dia após o do outro
Um dia a mais
Mais um
Sem Ti!
Sigo numa estrada tateada a solidão
Como se parte de mim esteja suspensa
Como se lá ao fundo
Ainda te possa encontrar
Uma vez mais
E fazer o tempo parar
Numa eternidade só Nossa!

Vou voltar ao teu Lar
Sei-te ausente
Mas vou voltar como sempre:
Vou à espera de te abraçar
De te ouvir
De te sentir
Entre esse teu sorriso
De amor infinito
Que me pintava peça a peça
Até me sentir tela completa!
De Amor incondicional
Que me mostrava
Um mundo melhor
E me devolvia o equilíbrio maior...
5 meses depois de Ti
(À espera do milagre...
Que não chegou
Que não te deixou
Junto a nós...)
Vou ter que parar e olhar
para onde sempre estavas
E não te ver
Ficar imóvel e sem voz
Quando me chegar o teu cheiro
Inolvidável 
Quando tocar nas tuas coisas
Como que religiosamente te (a)guardam...
E ouvir teus passos
Que subiam a escada cada vez mais pesados
Uma a uma
Cada vez mais perto
de mim e das nossas conversas...
Vou voltar para junto de ti
Com a mesma ansiedade
Só que agora vou sentir
Aquele murro no estômago
O nó na garganta
Revoltante
E...
Se paro
NÃO avanço
Se penso
Não param
As lágrimas
A revolta
E a tristeza infindável
Da tua ausência
Que me soluça cara abaixo
Em catadupa
Sem respirar...
Vou sentir o sufoco
Do grito mudo
Que me acompanha:
FOI DEMASIADO CEDO
E AGORA SÓ FICOU O MEDO!
CFV

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...