quinta-feira, 23 de julho de 2020

Em Casa!

O tempo não voou,
Foi lento e caprichoso
Neste tempo que
Por fim passou! 
Acabou a espera
E o peito regogiza se
Mal cabe nele
De tanta alegria
Ao pisar a terra seca
Que me criou
A sentir com todos os poros
A infinitude
Que há muito
O olhar não via
A degustar devagarzinho
Cada trago
Deste horizonte
Que se perde para lá 
Do que a vista pode alcançar
Acalma ao inspirar
Este calor seco
Que me viu crescer
Em mais um regresso a casa! 

Volto ao lar que continua a ser nosso
Porque nunca te foste, verdadeiramente, embora.. 
Moras na nossa memória
Para sempre! 
E nos seus recantos moram as tuas gargalhadas
Que ainda ouvimos 
Que ainda sorrimos... 
É para ti que sempre regresso
E és tu o meu alento
Num tempo que foi
Parado de mil incertezas
Que agora finda
Nesta viagem repetida
Nunca como agora
Sentida
Que acalenta
Mais do que nunca
E que me traz de volta a ti, 
Que és para sempre o nosso lar! 

Agora é tempo
De o tempo
Andar
Bem devagar! 

CFV

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...