Foi lento e caprichoso
Neste tempo que
Por fim passou!
Acabou a espera
E o peito regogiza se
Mal cabe nele
De tanta alegria
Ao pisar a terra seca
Que me criou
A sentir com todos os poros
A infinitude
Que há muito
O olhar não via
A degustar devagarzinho
Cada trago
Deste horizonte
Que se perde para lá
Do que a vista pode alcançar
Acalma ao inspirar
Este calor seco
Que me viu crescer
Em mais um regresso a casa!
Volto ao lar que continua a ser nosso
Porque nunca te foste, verdadeiramente, embora..
Moras na nossa memória
Para sempre!
E nos seus recantos moram as tuas gargalhadas
Que ainda ouvimos
Que ainda sorrimos...
É para ti que sempre regresso
E és tu o meu alento
Num tempo que foi
Parado de mil incertezas
Que agora finda
Nesta viagem repetida
Nunca como agora
Sentida
Que acalenta
Mais do que nunca
E que me traz de volta a ti,
Que és para sempre o nosso lar!
Agora é tempo
De o tempo
Andar
Bem devagar!

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