sábado, 22 de junho de 2013

Labirintos de mim

Dói me a alma toda
não sobra nem um cantinho
contorso- me de dor por dentro...
quero voltar a adormecer
e simplesmente deixar de sentir,
esquecer o que ainda está para vir...

Existir
às vezes torna-se uma doença!
Corrói
lentamente o que nos resta,
vai -se a esperança
vai -se a fé
nada muda
tudo se repete como um labirinto!

Dói saber-me assim...
dentro de mim
morreram vidas
fugiram risos...
agora,
dentro do que fui
resta o pior de mim!

Sou
o que não quero ser
não posso voltar mas
também não consigo avançar...

Estou presa dentro do que sou
vejo o monstro que há em mim,
crescer!
E,
lentamente
sente-se aquela dor avançar
e depois, é um instante:
e a luta morre
e a fé foge
e a alma afoga-se...
de repente
fica escuridão presa em mim
um adamastor volta a naufragar-me de medos
e o que resta é um imenso mar de desassossegos!

CFV








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