Chegar
mesmo
ao virar
da estação
e encontrar
ainda os vermelhos e amarelos
alaranjados e carregados
de um outono a despedir-se
na hora de me receber!
Olhar paisagens e reconhecer
olhar para o horizonte e rever:
estou onde pertenço!
Respirar fundo e sentir o cheiro
da terra que me criou
e durante minutos
deixá-la entranhar-se
novamente em mim
porque basta
esse momento no tempo
para me sentir
como se nunca de cá tivesse saído...
E as saudades dão agora
lugares
familiares...
E devagarinho fico de coração preenchido
estou, novamente, ao pé dos amigos
Aquecida por esta chegada tão desejada
num outono já em jeito de despedida
mas que poderia durar para sempre
ou o tempo de uma vida, a minha!
CFV
" A intensidade da tempestade é inversamente proporcional ao tamanho do corpo!"
domingo, 21 de dezembro de 2014
sábado, 20 de dezembro de 2014
Fim!
Findo um período! O 1º de um ano letivo traiçoeiro iniciado sob o peso da injustiça, no mínimo!
E que 1º período! Não serei só eu a sentir- me assim, tenho a certeza: enganada e cansada de tão pouco respeito até! Por que se lutou pelo direito básico da justiça numa sociedade democrática, acabei exilada, como represália, num mundo novo para mim mas demasiado envelhecido por quem recusa a mudança e perpetua o que já era!
Vim parar a um mundo habitado pelo vazio e por facas que cortam mais do que ambientes!
Todos se julgam reis e deslizam por entre palcos onde jogam ao poder, que existe apenas para espezinhar o próximo! E se são do contra, é apenas para derrubar e assim se mantêm a favor do erro para poderem continuar a reinar!
Devia sentir-me agradecida?
Sinto-me é frustrada e deprimida porque não compactuo com palcos na vida e recuso me a assistir a peças com atores que não merecem estar em cena!
Findo este 1º período, sinto que morri um pouco todos os dias, já não há lugar ao sorriso, nem o forço mais, mas também nunca haverá, em mim, lugar à hipocrisia!
Na hora de ir levo na minha mala um peso extra, o da angústia de ter que voltar!!
CFV
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Dezembro II
Dezembro está aí
mês que finda
o infinito desespero
de aguardar
nesta espera ansiosa
pelo momento
de abraçar
e sorrir
de sonhar
e sentir
que se venceu
uma vez mais
esta longa saudade silenciosa
(companhia que se tornou
de sempre
presente...)
Finda esta espera caprichosa
que parece nunca ligar
à tamanha vontade
que se tem de partir...
E quando lá chegarmos
que parem todos os tic tac
impacientes
que um segundo
possa ser todo o tempo
do mundo!
E uma vez lá
que todos os relógios avariem
que se acabe com a pressa
e transformemos esse
momento
num tempo para sempre!
CFV
mês que finda
o infinito desespero
de aguardar
nesta espera ansiosa
pelo momento
de abraçar
e sorrir
de sonhar
e sentir
que se venceu
uma vez mais
esta longa saudade silenciosa
(companhia que se tornou
de sempre
presente...)
Finda esta espera caprichosa
que parece nunca ligar
à tamanha vontade
que se tem de partir...
E quando lá chegarmos
que parem todos os tic tac
impacientes
que um segundo
possa ser todo o tempo
do mundo!
E uma vez lá
que todos os relógios avariem
que se acabe com a pressa
e transformemos esse
momento
num tempo para sempre!
CFV
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Escrevo te o que li!
Ler- te
inesperadamente
olhar-te num segundo
sentir-te
e por um instante
voltas a ser o meu mundo
tenho
uma ínfima parte de ti
e ainda assim inteiro em mim
na saudade de perceber
que continuas importante
ao ponto
de me deixares
a tremer
pernas bambas
nó no estômago
pensamentos mil
de volta a ti
e perceber
que continuas vivo
assim
perdidamente
em mim!
CFV
inesperadamente
olhar-te num segundo
sentir-te
e por um instante
voltas a ser o meu mundo
tenho
uma ínfima parte de ti
e ainda assim inteiro em mim
na saudade de perceber
que continuas importante
ao ponto
de me deixares
a tremer
pernas bambas
nó no estômago
pensamentos mil
de volta a ti
e perceber
que continuas vivo
assim
perdidamente
em mim!
CFV
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Páginas vividas
ler
para pensar
e desejar
viver
a cada capítulo
fica este grito
que grita e grita
afónico e ensurdecedor
dentro deste peito
que se deixa ir...
ardor a cada virar de página...
intenso aroma em forma
de palavra
lida
sentida
e cá dentro
doída...
sentir e não querer
o fim próximo da história
enrolada e prolongada
a cada lágrima
caída...
borboletas no estômago
na pressa de saber
onde é a saída
se mesmo
perdida
haverá
reencontro
e vida...
nó na garganta
a luta parece perdida
e capitulo a capítulo
volume a volume
volta o grito
que grita e grita
afónico e ensurdecedor
numa luta ganha...
e arde e arde
por dentro
num lume brando e carente
até se apagar
em saudade
que paira no ar
mesmo antes de terminar....
mesmo antes de terminar....
...cinzas...
páginas ardentes
viradas com sabor a gente
lidas com desejo de ti
numa história contada para nós...
CFV
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Aperto
Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...
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E quando o impossível é tangível? Quando o inominável é verbo E o inenarrável é grito? Quando o silêncio se veste O impossível acontece! Es...
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Minha querida liberdade, "A cada esquina um amigo" Na madrugada mais bela Porque tantos esperaram Espreita agora, a cada esquina...
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Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...



