terça-feira, 14 de abril de 2015

Palavras esquivas


Beijos repletos de silêncios
abraços que afastam
do olhar
a indefinição
palavras esquivas
na distância conveniente!

Os gestos, esses,
perdem-se entre becos
sem saída
que foste construindo...
com a vida?

Quieto e caprichoso
ficas-me num eco
ruidoso!

Encerras-te
e percorres-me
entre toques e gemidos
fazes -me prisioneira
à tua maneira
possessiva e sensual
e ficas comigo
noites a fio!

Não quero
nem sei viver
de vazios
porque o pouco
tem de ser sempre mais!
Porque não?

Mas não me encontro
nesse teu labirinto
porque me perdes
me expulsas
com as razões da tua vida!
E com os absurdos dos sentidos
fechaste-te
e insistes em não me consentir!

E ainda assim,
tento sair para te voltar a entrar
olho-te com a força de uma noite de luar
provoco e digo o que te preciso...

Mas talvez o faça
com o mesmo medo
que te afasta...
E ficamos assim
neste lento remoer
sem sequer saber
se há mais do que menos
ou o tanto que poderia ser!

Do lado de cá
o corpo divaga
por uma mente
acelerada
e no fundo sei
que só te adio...
Há verdades que ainda não quero comigo...
O labirinto tem de ser percorrido
antes de alma te dar como corpo perdido!

CFV



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