e levaste contigo
a essência
que era minha!
Percorreste- me
moribunda:
primeiro
pelos braços
dormentes
depois certeira
engoliste-me o chão
caíste comigo
numa estranha escuridão
e nela o teu abraço
desse manto frio
tão teu, só teu...
até que me
perdeste de mim
até que me
deixaste sem mãos
que me caibam nestes braços
que impiedosa
arrancaste de mim...
e numa morte lenta
transformaste -me a alma
sedenta
num labirinto
onde nunca se vê o fim...
ainda hoje a procuro
nesse teu e só teu breu...
ainda hoje a eternizo
em tentativas
vazias de qualquer razão
em sonhos que vêm e vão!
Desconfio
que também a levaste de mim!
CFV
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