quarta-feira, 9 de setembro de 2015

(Des)Humanidades

De dentro de mim
sai por aí
este monstro que me habita...

Cresce e grita
a cada palavra cruel
desdita com sabor a fel...

Dobra-me em esquinas
com a força de quem desatina!!

Desdobra-se a cada lágrima
que vai virando oceano de dor
e  ali fica num ondular,
a fazer crescer o monstro que
não pára de gritar!

Leva o que resta de mim
por essas ruas sem fé!!

Abraça-me prisioneira
por esse mundo
despido de alma
e devolve-me ao escuro...

Talvez para que eu não o possa ver!!!

Dentro de mim
sou mil
e a cada anoitecer
habita-me este monstro
desumano e perdido
que cresce e grita
num escuro sem fim!

CFV

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