sai por aí
este monstro que me habita...
Cresce e grita
a cada palavra cruel
desdita com sabor a fel...
Dobra-me em esquinas
com a força de quem desatina!!
Desdobra-se a cada lágrima
que vai virando oceano de dor
e ali fica num ondular,
a fazer crescer o monstro que
não pára de gritar!
Leva o que resta de mim
por essas ruas sem fé!!
Abraça-me prisioneira
por esse mundo
despido de alma
e devolve-me ao escuro...
Talvez para que eu não o possa ver!!!
Dentro de mim
sou mil
e a cada anoitecer
habita-me este monstro
desumano e perdido
que cresce e grita
num escuro sem fim!
CFV
Sem comentários:
Enviar um comentário