domingo, 11 de setembro de 2016

Culpas

Acordamos dias e dias,
dias a mais
com o horror nos olhos!

Adormecemos vezes e vezes,
vezes sem conta
na dor que transformou o mundo!

Acomodamos o silêncio
nos nossos corações
numa cumplicidade suspeita
vestida de impotência coletiva!


Já basta! É GRITO que se prende na garganta!

A nossa voz ainda se desprende entre vontades mudas
e palavras sentidas
de silêncios desmedidos...

A deles já se afogou
nos gritos mudos e vãos
no sangue que corre por todas as mãos...

Haverá ainda um amanhecer
de mãos dadas
sem distinções
num único bater de corações
sem culpas erradas
sem gritos silenciados
sem cumplicidades culpadas!

CFV

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