sexta-feira, 21 de março de 2014

A prosa poética de uma estória impossível

No baú do que amei
leio e releio
e volto para ti!
E desde que te li
que te vi
e desde que vi
que te olhei e
nunca mais 
me encontrei!

Fala a minha alma
de um mar de sargaços
já não me sei esconder 
sinto-me caída pelos teus abraços!

O meu mundo está a braços
a tentar sair deste embaraço... 
afinal viraste-o
está às avessas
e avesso está para te esquecer!

Não te poder ver?
Se o meu mundo continua a sentir
o tic tac sem parar
a Nossa Hora a passar e tu sem chegar...
o que fazer para a ocupar?? 
o que inventar para a distrair?
o que imaginar para não a sentir??
o que fazer para a parar??

Como escapar?
Olhar-te, lembrar-te, desejar-te
e nunca te poder ouvir?

E a tua voz...
o que fazer a essa voz que me sussurra
censuras e
promessas e
um amor perdido ao ouvido? 
Ler -te e saber-te
saborear (te) as palavras
e como cúmplice de um crime
ter que deixá-las morrer ali mesmo 
debaixo do meu olhar…

Sinto muito! 
Tive tanto 
e só restou um NADA...

Que faço a tanto amor e a tanta dor?
A raiva? 
Essa passou...
Ás vezes, confesso,
ainda lhe tropeço!
Rasguei -a muitas vezes,
estilhacei-a outras tantas!

Eliminei recordações 
que traziam uma vontade quase animal
um instinto fatal!
Foi mais uma tentativa de acabar 
com  quedas e tropeções!
Não vês? 
Faziam-me mal
traziam me uma saudade quase imortal!... 
Desculpa! Não foi por mal! 
Foi para não te olhar
e ler sem te poder ter ...

Amei-te
Maldisse- te
Matei-te
mas esqueci que 
estás em todo o lado 
e não estás em lado algum... 

Sinto-me tão pequena!

A tua ausência é já uma eternidade
uma imensa maldade
de horas que parecem dias e
dias de sensações vazias...
o coração, esse, não mente
frio e quente sente-se
esquecer ...
já ou sempre
amanhã ou nunca...

CFV
https://www.youtube.com/watch?v=U9RVphcXqZY&list=RDWkbRM2yN2po

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