domingo, 23 de março de 2014

Ruído

À volta crescem risos
humores forçados
espíritos imbuídos
em inverdades...

Riem pela primeira vez
sobre o que já leram e releram 
uma e outra vez...
Pelo meio deste coro
chegam aos meus ouvidos
risos que me parecem mais grunhidos...

Falsos!
Ridículos!
Vencidos!

Até no rir há pouco sentir,
humor de mentirinha
jogo do faz de conta
brincadeirinha de uma sociedade demasiado tonta!

Que enjoo!
Sinto-me empanturrada
inchada de porquês e para quês...

Estes tempos sociais
parecem-me tão irreais...
Sinto não poder viver mais 
um minuto sequer,
neste coro desafinado
de risos vazios de ideais!

CFV

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