As despedidas
" A intensidade da tempestade é inversamente proporcional ao tamanho do corpo!"
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Despedidas
As despedidas
terça-feira, 22 de abril de 2014
Primavera de Abril
A noite não usava vento
E o dia vestia-se quente!
Gentes que tremiam
de raivas reprimidas
antigas...
O medo que morria
à medida de um povo novo
que surgia...
Os tanques sorriam
numa Vitória anunciada!
As gargantas roufanhas
Sentiam já as lutas ganhas!
25 de Abril lavado
Em águas mil!
O sangue antes derramado
As lágrimas sempre contidas
Davam lugar à alegria...
Derrubavam-se
Portas e muros!
Incrédulos e duros
os velhos do restelo
caiam um a um...
E num pim pam pum
abriam se prisões
e matavam-se os
velhos fanfarrões!
A primavera estava aí...
Vestida de palavras mil!
Ah! Abril
chamado liberdade!
Em 40 primaveras passadas
esse abril traz
tanta saudade!
Tamanha vontade...
Velhas verdades!
De lutas mil
ficou esta liberdade
Partida
Suja
Cega
Que nos verga
Que nos tira...
E se este abril
fosse de águas mil?
Uma tempestade
em chuva anunciada
numa única
vontade ressuscitada?
Urge já um
Abril primaveril
De luta
De braços dados
De filhos e pais
uma vez mais
na rua
por um país que suspira
por uma LIBERDADE
partilhada e lavada!
Quem sabe a luta nao ganhe vida numa noite perdida mas nunca esquecida?
Que não use vento
e que de dia se vista quente!...
CFV
Penso te, logo existes!
O meu pensamento
sem como e
nem porquê
corre a mil
e voa
até ti!
Sem hora
Sem demora
Num minuto
Ali está ele
Indomável
Implacável
Sem pré-aviso mas preciso!
Precioso
como brisa
que refresca a alma
na calma do verão...
Suave sensação
que me percorre a pele
num arrepio gostoso
de fechar os olhos
de sorrir por dentro...
E ao te percorrer
nesse prazer
indecoroso
sinto cada lugar teu
Voo em forma de pensamento
e em beijos te procuro
mesmo em cada ausência tua
numa vontade imensa
Sempre crua...
Sem data marcada...
Sem entender nada...
Inconstante
presença essa tua,
que duuuraaa
um instante
Intermitências
de um tempo exato
de pensamento abstrato...
E mesmo aí
ele te encontra,
concreto
inteiro
de peito aberto!
CFV
segunda-feira, 21 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
O que ela (me) diz
Foi o que ela disse...
Que a distância não existe
Que a saudade persiste
Que a amizade
Verdadeira
Fica sempre inteira!
Foi o que ela disse...
Que o que fica é o
para sempre
O sorriso
O presente
O olhar
E o cuidar!
Gestos íntegros
De gente inteira
Sublime e imensa!
Gente que ( se) sente
Com a alma cheia
e nos faz sentir,
mesmo no silêncio,
Que chegámos a casa!
E estar ao seu lado
É ganhar uma nova asa
E voar voar sempre que se quer regressar!
Foi o que ela disse!
E ela sempre me disse tanto
Tudo!
Um tanto que une
Um tudo que resume
Palavras dispersas
Sentidos submersos
Significados profundos de
tudo o que fica para sempre...
Foi o tanto que ela disse
Numa palavra inteira
e cheia de sentimento
e que dura a todo o momento: amizade!
Esta é que é a verdade...
CFV
Entre nós
Há entre nós silêncios
que me assustam
Há entre nós
Palavras que nos custam
Momentos
Instantes
Desejos
Pensamentos
Felicidades ...
Que morrem
Que matam
E se tornam fantasmas!
Pairam na ideia
do que podia ter sido
mas que pode nunca ser!
Há entre nós mais silêncios
Que palavras...
Mas o que é que nos fixa no mesmo olhar?
O que é que nos prende no mesmo balançar?
O que é que nos agarra no mesmo tentar?
Haverá entre nós somente silêncios?
Momentos que assustam e matam
as palavras que poderiam ser
Fogo
Ferro
Pão
Água
A vida do tanto que poderia ter sido!
Ficará entre nós o Silêncio?
Para sempre.... o Silêncio?!
CFV
domingo, 13 de abril de 2014
Saudade eterna
rio invernoso
que se atropela choroso
em pedras
e redemoinhos...
Tempo imparável
com uma vontade indomável
sempre com pressa de chegar
a qualquer lugar...
Corre corre como se nada importasse,
como se qualquer leito fosse
bom para repousar!...
Vida efémera
vivida sem tempo
como se não soubéssemos que
nada é eterno...
E no fim de tudo
que é já ali
vemos o que perdemos...
Fica, essa sim e para sempre,
a saudade que traz
a Saudade das saudades...
a Saudade de todas as formas e feitios...
Saudades mil
de um tempo
que como nós é já senil...
Saudade que
corre lado a lado
com aquele tempo
cruel
efémero
antigo...
E dói tanto esta Saudade
que em nós repousa...
Fica no olhar
Resta em cada gesto
Dói em cada abraço por dar...
CFV
domingo, 6 de abril de 2014
Mil eus de mim
e tudo o que sou
a contradição...
Entre o ser e não o ser
muito mais que uma questão!
Entre mim
e as almas de mim
há tempos perdidos
instantes roubados
asas que voam
em manhãs prateadas!
Lembra me um tempo distante
despreocupado...
agora, instantes
de uma vida errada
em luta para ser quem não sou...
Ilusões
tentações
contradições...
E afinal, quem sou?
alva manhã
ou fim de tarde?
Lusco - fusco
ou noite escura e infinita?
O que ficou?
Se em mim vive e morre
esta alma errante
que se perde pelo caminho
entre os eus
que não sabem ser eu
entre mim
e as almas de mim
que não querem ser assim...
Vida vivida
de instantes
de distâncias
de estilhaços...
CFV
...
olhar nos olhos
e na hora falar
partilhar
o que vai na alma
ou tentar
mas dar sem escolher
o que receber
olhar nos olhos
esquecer -me
para poder entender...
Mas não,
só me dá para escrever!
Tanto me quero esconder
para mostrar
um eu que não existe:
segura de si, cheia de mim
sem barreiras ou preconceitos,
que, de repente
sou o próprio medo
fujo e saio de cena!
CFV
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Vontade e verdade
Qual quê!
São lá agora!
Talvez por um momento
um instante
mas nada mais...
e no tempo de uma vida
elas são o que são
banais!
É por isso que morre
a vontade
o amor
e a bondade
É por isso que fica
a maldade
a dor
e a vontade...
A vontade
essa fica sempre
uma vontade de gente
com vontade
com desejo
uma vontade que inveja
a vontade
de que não seja
verdade!
CFV
quarta-feira, 2 de abril de 2014
O amor é só uma ideia...
à espera da noite...
sempre à espreita...
terça-feira, 1 de abril de 2014
Um poema sobre a fé...a minha...
fica só o som das luzes
fica o escuro e o silêncio
e... em alta,
já só mesmo o burburinho,
que, bem baixinho,
percorre sons e cheiros,
rostos e mãos cheias,
sorrisos copiosos e
silêncios nervosos,
amigos e conhecidos,
todos tão bem-vindos!
Um tempo que agora corre...
devagarinho...
numa mão cheia de emoções
de um dia eterno de sensações...
E esta alma insegura
renasceu
e agora sei de mim,
e dentro de mim
tudo o que era escuro
se acendeu!
Esta alma,
banco de jardim
chama agora para ela
memórias sem fim!
Crescem novas
e ressuscitam velhas,
porque almas
é que mais há dentro de mim!
Deixo-as viver
intemporais...
Deixo-as conviver
em memórias mortais...
E ao olhá-las um pouco mais
prolongo-as,
saboreio-as
uma a uma
antes de as deixar morrer!
Quem sabe...
talvez amanhã elas possam
voltar a nascer!
CFV
Aperto
Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...
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E quando o impossível é tangível? Quando o inominável é verbo E o inenarrável é grito? Quando o silêncio se veste O impossível acontece! Es...
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Minha querida liberdade, "A cada esquina um amigo" Na madrugada mais bela Porque tantos esperaram Espreita agora, a cada esquina...
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Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...