segunda-feira, 26 de maio de 2014

Djins

"Quando Badini começou a recuperar chamou-me para irmos abrir as garrafas todas... foi um dia muito especial, pois havia djins que nos fizeram sorrir e outros que nos fizeram ouvir música suave e outros que nos fizeram cócegas e outros que nos despentearam. Pareciam borboletas que não víamos, a voar por todo o lado."

( in Para onde vão os guarda-chuvas de Afonso Cruz)

Djins são espíritos,
não vemos
mas sentimos!

Fazem acontecer
trazem magia
e uma vontade nova
de viver...
causam um bom arrepio
só com o olhar
mesmo que não estejam lá
ao nosso alcance
para podermos 
tocar
abraçar
amar...

Djins
soltam melodias pelo ar
e a cada nota
respira-se fundo
com um sorriso no rosto
e conquista-se o mundo!
Música que faz 
recordar
sarar
canta memórias
traz novas histórias!

Djins
em boa hora
nos tocam
devagarinho
e encostam-se
com carinho...
não os vemos
mas vamos sabendo
que estão lá,
porque mesmo no inverno
fazem chegar a primavera
são raio de sol
e brisa fresca
estão nas asas
que voam alto
e na queda
que dói fundo
são mãos
são braços
são corpo
são perfume...

Um nada
que passa
um tudo 
que fica
um instante
que demora
para sempre
uma eternidade
que se entranha em nós
nos devolve
nos acrescenta...

Djins...
de olhar certeiro
de sorriso inteiro!

CFV








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