quinta-feira, 29 de maio de 2014

Inesperado


E o inesperado
que se esperou
de olhos acordados
e mãos nervosas
num tempo que,
sem demora...
...passou!
Agora chegou!

É presente...
...embrulhado
em papel do passado
com um laço quebrado...

O inesperado
que parou
e se perdeu
que doeu
e desesperou...
Porque não apareceu
no tempo que era o seu...

As mãos fecharam -se
os olhos quedaram-se...
embrulho de papel
brilhante
mas já amarrotado...

Agora
o inesperado
surpreendeu
porque chegou
ousado
em busca de ser perdoado!
Mas o passado
não pode ser mudado...
o inesperado chegou,
sim,
mas atrasado!

Agora
talvez não hajam mãos
que se demorem
olhos que esperem
o que antes se desejou
em vão!

Seríamos pouco sãos?
Não?!

CFV



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