sábado, 9 de agosto de 2014

Poema de uma vida

Noventa anos em memórias e uma imensidade de histórias:
sempre afogadas nesta coisa da emoção
pois foi na garganta que bateu sempre o coração
e o peito, esse, deu lugar a um rio de ilusão...
mas, tantas e tantas vezes, tentado pela razão!

Hoje olho para esta vida ,bem vivida,
que mais longa seria se em luas fosse medida!
Agora, vista daqui... parece-me bem pequenina
só um par de dias de mil lutas ganhas e perdidas...

Sempre sem arrependimentos...
Ou talvez já tenham caído em esquecimentos...

Ainda há pouco o sol brilhava,
mortinho por se banhar no mar,
e a lua veio-me, novamente, visitar!
E sempre como se fosse a derradeira
parei o tempo com vontade que fosse de vez....
E sempre como se fosse a primeira
inspirei fundo e depois...
uma e outra vez,
de olhos bem abertos
e certos
que em mim,
estão noventa anos
de inícios e fins...
E sei que, dentro de mim,
persiste esta vontade de menina:
viver...
eterna...
ir muito para além de morrer!...

CFV


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