sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Espuma

Virou espuma
depois de ser onda

Virou bruma
depois de ser raio de sol
salpicado pelo mar

Virou nevoeiro
depois de chuva
de uma noite inteira

Um tanto imenso
que virou um nada

Intenso e promissor
que virou dor

Sorriso que abraçava
como onda de mar
aquecia feito raio de sol
e era chuva copiosa
calmante de fim de tarde

Só ficou o vazio
que encheu o ar de uma maresia
que agora só arde...arde...arde
numa fogueira que parece jamais se apagar

E o quem sabe, talvez um dia
enrolou-se na espuma 
que o desfez
fechou-se no mesmo olhar
que cegou
e nem lutou
desistiu de vez
perdeu-se na bruma
num breu que desceu...desceu...desceu
e o dia virou noite escura
num tic tac sem parar

CFV


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