numa morte lenta
e num rompante
viram silêncio...
Palavras barulhentas
que confundem e perdem
a verdade
e fica só um som ao longe
e esta ansiedade disforme...
Lentamente engolidas
sobram as memórias
agora sofridas...
os instantes que pareceram felizes
eram afinal, só sonhos impossíveis
palavras de mentirinha
envoltas em jogos de brincadeirinha!...
o meu mundo
o meu aconchego
companhia
de dias intermináveis
calor
quando lá fora geme o frio
o chão
quando caio a pique lá no fundo
mãos
com carícia e uma pitada de malícia
olhos
fechados pelo sabor de um toque
abraço
apertado
e o sentido
de toda a minha vida!
Não as reconheço
quando em vez de melodia
viram silêncio aterrador
ansiedade que só traz dor
memória que aperta o coração
dia após dia!
Não as quero ver
quando aparecem, mesmo ali, à nossa frente
e nos mostram o que não queremos saber...
Não as quero sentir
quando as temos de suportar
em vez de as apreciar
quando são solidão
mesmo ali no meio de uma multidão...
Não tenho que as ouvir
quando são
vagas
desculpas
injustas
e trazem a desistência e não a luta
e arrancam esperança
e devolvem nadas
quando podiam ser tanto!
CFV

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