que cravam a pele
de dores e frustrações
LUME que as escreva
a cinzas
e que ardam
as falsas ilusões
Em vez de mãos
que agarram e aprisionam vontades
LABAREDAS que as desenhem
a cores vivas e quentes
e talvez assim
este frio que gela
num enorme vazio
possa terminar
Em vez de braços
que se fecham num nada
ASAS abertas
que levem a distância
que batam a saudade
num abraço sempre pronto a voar
Em vez de olhos
SONHOS
que olhem com esperança
que devolvam a fé
esse último reduto
que já só se arrasta
pelos pés de uma humanidade
cada vez menos humana!
Ambas em morte lenta!
Ambas sem verdade!
Em vez de mim de ti e de nós
o HORIZONTE de ser onde quisesse
de ter o longe e o perto
e o infinitamente certo!
CFV
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