é sempre o que derruba
o que acaba
o que se sonhou tanto
o que por uma vez
queríamos ser...
É uma porta
que logo depois de se fechar
desaparece
como se no seu lugar
ali estivesse desde sempre uma parede...
É de uma solidez
intransponível
alta demais
para se poder sonhar...
Mata lentamente o olhar
que só queria tentar
ver o lado de lá...
Afoga-nos os sons
que cresceram da alma
até chegarem à garganta
quase a gritar...
Mas uma e outra vez
o maldito silêncio
mergulha-nos no escuro
até restar apenas um sussurro
quase inaudível!
CFV

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