quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pulso a pulso... viver





Sabes muito
sentes mais
e queres outro tanto!

Vives num limbo indefinido
aceitas o inesperado
e sentado entre conversas a fio
vives à espreita
como se a vida estivesse mesmo ali
à tua espera,
à distância de uma mão
que tens medo de agarrar...

Pois, que na vida não há espaço
para a compaixão!
Mas que outra forma haverá,
senão viver com o bater do coração
bem na garganta
como que a saltar?

Tivesse ele como!

Sabes tanto
e queres sempre mais
que até dói
nessa alma
marcada pela imensidão
que transparece
a cada olhar
inquieto
a cada  simples
gesto
de quem tem muito para entender
sem grandes explicações a dar!

E certo do que és
incerto do que serás
preciso no toque
não te perdes no desafio
do que é estar vivo
entre mortes constantes
e vidas que definham
num mundo insano
que sabes medir
que desejas sentir...

Mesmo que pelo meio,
surja o medo
(inevitável)
nada podes temer
que alma assim
nunca ficará vazia,
só cheia a transbordar
do tanto que vais receber e dar
nem nunca te deixará de guiar
por mais escura e longa que seja
a noite que decerto te irá encontrar!

CFV







Sem comentários:

Enviar um comentário

Aperto

Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...