terça-feira, 7 de julho de 2015

Sem Lua

O tal olhar
muito meu
muito teu
que vai passeando ´
pelo mesmo lugar
de sempre...
pousando aqui e ali
entre uma rua e um café
entre um pôr do sol
e uma noite de mil caras
e que mente...
sem lua
nem minha
nem tua
ali
perdido
à procura
sabe-se lá do quê
ensandecido...mas presente...
sabe apenas que te quer
mas...e,
por mais e tanto que queira
só vê a distância
a asneira
de quem não sabe se sim
mas que se fosse
é que era
e depois?
Depois logo se via
por ali
a cutucar
entre um:
"estavas tão bem quieta..."
e um:
"já está, deixa lá!!..."
Mas...e,
seria de todo correto
matar esse olhar
de uma alma
irrequieta,
quando tudo o que ela queria
era ir, sem amarras
sem calma
e ver -te
em mim
num olhar meu e teu
que pudesse ser nosso?

CFV

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