me afasta de ti?
Ficas sempre, figura imóvel, de sorriso no olhar
de braços cruzados, como que a espreitar...
Sabias que já fechei os olhos, vezes sem conta,
desde que entraste na minha vida
na esperança de não te precisar
e decidida,
digo de mim para mim, com muita força
que não preciso de ti..., não preciso de ti... não preciso de ti!
Os dias correm, sem parar
o coração bate sem tempo para pensar
e a cabeça ocupada, permanece quieta...
Parece ter dado certo...
penso sem me prolongar no tempo
que talvez já sejas memória,
que talvez já sejas memória,
transformada numa bela história...
E a distância mantém-se,
mas inesperadamente
a tua figura em forma de sorriso assalta-me...
Mentira, tudo mentira...
eu preciso de ti
diz me cada músculo tenso do meu corpo
materializado no meu olhar
preso ao teu,
a inundar-se e a enrolar-se a cada lágrima!
Mentira, tudo mentira...
eu preciso de ti
diz me cada músculo tenso do meu corpo
materializado no meu olhar
preso ao teu,
a inundar-se e a enrolar-se a cada lágrima!
E é sempre assim
eu já devia saber...
Esfumas-te, mas nunca desapareces,
e voltas forte na minha cabeça
o coração acelera
e não percebe porque de repente estás ali
como se nunca tivesses saído...
como se nunca tivesses saído...
E é sempre assim
eu já devia saber...
E mais uma vez
aproximam-se dias
taciturnos
fora do que sou
permanentemente em ti...
E como sempre
quando surges assim
subitamente
em forma de pensamento
em forma de pensamento
de alguma forma
chegas até mim...
Estranho prenúncio repetido!
Estranho prenúncio repetido!
As palavras que me deixas,
vagas
cortantes
acusadoras
deixam- me mais um nó
a borbulhar do estômago ao cérebro
a borbulhar do estômago ao cérebro
e engulo em seco
mas não passa
porque há mais um nó
que ficou preso na garganta...
mas não passa
porque há mais um nó
que ficou preso na garganta...
Só o coração consegue discernir
porque ainda o fazes sentir...
vira pedra porque tem de te olhar
desta forma tão vazia e injusta
quando já fomos cheios
de vontade
esperança e
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