" A intensidade da tempestade é inversamente proporcional ao tamanho do corpo!"
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Nunca mais será Natal II
Mas não foi Natal,
Passou se...
Por Ti,
Mantivemos a tradição,
Com menos filhoses
Feitas com um aperto no coração
Com menos um prato à mesa
De um bacalhau sensaborão
e o bolo-rei sem graça
Em tudo faltou o q.b.,
que só a mão de mãe sabe dosear!
Tudo foi feito, para Ti, por Ti...
Parece- me impossível que eu só
Tenha conseguido tanto...
Na hora das prendas
Faltou a maior, a mais importante,
A tua gargalhada
E o olhar
de quem olha com
Alegria de ver reunida,
O que te era mais querido,
A família...
E faltou o tirar o avental para a foto
Que nunca ficava bem
Dizias, era o cabelo,
Ou era a expressão,
Repetias...
E tirávamos mais uma
E outra...
E em todas ficavas perfeita...
Se soubesses!!!
Emanava de ti
Um amor infinito
E ao olhar a foto
Quase o podia tocar
Tal era a sensação de aconchego
E ao olhar a foto
contemplava esse teu sorriso
E quase se podia agarrar
Essa ternura,
Que ao fim e ao cabo
eras tu
Toda!
Neste natal
Partilhámos silêncios
Contigo na memória
Olhares de tristeza
E nem uma história
Numa mesa cheia de saudade
A segurar o nó que calava
A voz,
E a lágrima,
sempre à espreita
E o grito,
apertado no peito!
Agora, sei que
Nunca mais será Natal!
CFV
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
Não será mais Natal
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
❤#9mesesdeTisemTi#❤
O mundo despediu- se de nós
Depressa se foram os sentidos
Permanecem perdidos
Num mundo que fora meu e teu, o nosso!
Ficou este
cheio de vazio
De cores escurecidas
Com um céu sem horizonte
Um azul sem brilho...
O sol queima já não acalenta
A chuva corta já nao envolve
O mar revolta -se já não acalma
O vento uiva todos os medos juntos
As estações ficaram loucas
Temos de inventar outras
O mundo que ficou
Perdeu-se nesta escuridão
Que não mais deixou o meu coração!
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Divagações
Em mais uma corrida
Em mais uma ida
Dividida
Num sabor agridoce...
A vida mecânica
Não pára
E tudo gira
Numa roda que mecaniza
Até as palavras (im)pensadas
As ditas e as desditas...
Maldita
Esta roda viva
Que nos Mata
Lentamente
Os gritos
Que outrora nos libertaram
Seca-nos
As lágrimas soluçadas
Que devolviam
O alívio
Que traziam
O norte perdido
Que acalmavam
O coração sangue vivo...
Agora
A vida roda
Emoções mecanizadas
Sorrisos em lábios calados...
Morremos aos poucos nesta vida
Cheia de idas e vindas
Cheia de saudades
Cada vez mais enterradas
Em gestos adultos
De gente que deixou de ser gente
De gente que se obriga a não sentir
Para não desistir
Para não ser engolida
Mas que já sucumbiu
À roda mecanizada da vida!
Faz me falta o grito
A revolta
O argumento
Baseado apenas no sentimento!
Faz me falta ser vida
Ser decididamente perdida
Sem rumo
Sem amarras
Mas também sem paredes fechadas
Sem espadas apontadas
Só eu e a liberdade de Ser!
Assim e lentamente resta-nos
Morrer...
CFV
domingo, 1 de setembro de 2019
The sweetest September
1o de setembro...
E pela 1a vez
Sem o sufoco
Da incerteza
Sem o nó na garganta
A terminar no estômago às voltas...
1o de setembro
Numa década
Pelo menos
Sem tirar a senha
Sem esperar
Diminuída
A pensar
Na vida
Que me levava
Repetida
Ao Centro que de emprego pouco ou nada tinha!
Este poema pode parecer ridículo
Sem quê nem porquê
Um assunto demasiado fútil
Altamente burocrático
E até pouco prático!
Concordo!
Mas só se eu não fosse
Professora de um país
Que existe politico
E pisa quem o elege
Que existe em demagogia
A enganar o povo
(Qual herege)
Numa demanda
A parecer cada vez mais impossível
Cada vez mais diminuída...
Mas eu sou
Pela primeira vez
(Quase a soar a ternura)
Uma professora
Num país
Que me deu a saborear
O que é
Não estar
Sentada
Triste
Perdida
Assim como que nua
E ao mesmo tempo
Vestida de esperança
Diminuída em pensamentos
Orgulhosa a ser o que escolhi
Numa fila
De contradições
Solidária
Com todos
Que iguais a mim
Estariam
Nesses mil e um Centros
Que apelidam de emprego
Mas que na verdade são
Centros de um medo
Miudinho
Que consome
Devagarinho
Os sonhos de uma vida...
Pela primeira vez
Numa década e meia
Sou mais inteira
Quase me sinto gente
Num país de meias medidas
Cheio de ideias
Repleto de vontades
Das gentes de verdades
Esvaziadas
Esventradas
Por politiquices
Dessa gente que pouco mais é,
Do que metades
De jogos jogados
Com vidas de pessoas,
Essas sim, de verdade!
Gentalha
Que em tempos de promessas
Se juntam, hipocritamente, ao povo
Que é quem de facto
Reergue e constrói,
O Portugal de que falam
Desses que desdizem
Reduzindo a números
Tudo e todos
Num país grandioso
Apenas e por causa deste enorme Povo!
Pela primeira vez
No 1o de setembro estou tão a termo
Como em qualquer outro
Mas é tão nova
Esta sensação
Que me não cabe
Neste poema
Ou no coração
O tamanho
Da alegria
Da emoção
Tanto quanto
O tamanho
Do injustiça
Pelo tardio da conquista
E acima de tudo
Porque o ano é de vício
De promessas de político
De eleições à porta
Num vale tudo
Que te deixa
Verdadeiramente
Triste!
E resistes
E escondes
Os maus pensamentos
E tentas esquecer
Que tudo pode ter sido
Uma única vez
um setembro extraordinário
Que te "permitiu"
Esta 1a vez....
E remóis dentro de ti
Que tudo isto
É um misto,
Tanto pode ser um recomeço
Como pode, à partida, ser o fim!!
CFV
sábado, 13 de julho de 2019
No choro do Pai
o mais difícil
foi o choro alto de um homem inquebrável
de mãos na face
Nada te prepara para ver um Pai
quebrado à mesa
E perceber ali mesmo que ela sem ti não faria (e não faz) sentido...
Esse momento perdura na minha memória
contrai -me a garganta
num soluço baixinho
que sai das entranhas
em nós que não se desfazem...
No choro do Pai
senti o tamanho da nossa dor
que não mais terminaria!
Nas mãos trémulas que lhe cobriam o rosto
senti o peso do mundo...
um mundo que desabava
que se transformava
Tão visível
na sua cara transfigurada!
Senti as pernas bambas
fracas por ti,
bambas por não saber como o tirar dali!
O meu coração parou de bater
e o mundo passou a ser só uma sombra
estático em que tudo passou
em que tudo deixou de importar
em que tudo acabou...
As nossas vidas eram, então, um lugar oco
a passar bem à frente dos nossos olhos
marejados da Saudade
que corria e discorria, sem parar...
E se houve abraço que doeu
foi ali
naquele momento
E entre os nossos braços
entre as nossas lágrimas
sabíamos que nunca mais
seria o mesmo sem o teu regaço!
Essa memória
que me assombra
quando menos espero
traz- me esta certeza,
a única que se fez
concreta e definida:
contigo
foi parte da nossa história!
Sem ti
Algo se se desfez...
O aqui e o agora
É um continuo
mecânico...
Entre gestos
Que caem vazios
Num tudo que se fez num nada sem sentido!
domingo, 30 de junho de 2019
Suspensa
Olho suspensaPela janela
Procuro respostas entre
Este infinito de nuvens
Que me trazem apenas
Um horizonte perdido
Um brilho que me diz
Que nada é concreto ou definido!
Intensa na tua ausência!
Que vives dentro do que sou...
É assim um gesto de esperança
Eu sei
Mas quem me dera
Saber que o tempo voltou
Ao tempo que era Nosso
Ao tempo que vivias comigo,Nos encontros e reencontros,
Na saudade da distância e nas despedidas!
O teu abraço
O teu sorriso
As nossas lágrimas contidas
As tuas e as minhas zangas...
Ai!! O que eu dava para mais uma chatice
Mais mil casmurrices
E no fim, sempre uma lição de vida!!
A esta tua inesperada partida!
Não há gesto
Que devolva o que perdi com a tua ida
Não há horizonte
Que me tire este suspiro triste
Com que agora respiro!
quinta-feira, 27 de junho de 2019
...(s)em Ti
5 meses de Ti...(s)em Ti!Ausência injusta Vazio incomensurável...
Ainda não te consigo falar...
Simplesmente não posso
Não posso aceitar....
Não posso parar...
Sigo, avanço
Um dia após o do outro
Um dia a mais
Mais um
Sem Ti!
Sigo numa estrada tateada a solidão
Como se parte de mim esteja suspensa
Como se lá ao fundo
Ainda te possa encontrar
Uma vez mais
E fazer o tempo parar
Numa eternidade só Nossa!
Sei-te ausente
Mas vou voltar como sempre:
Vou à espera de te abraçar
De te ouvir
De te sentir
Entre esse teu sorriso
De amor infinito
Que me pintava peça a peça
Até me sentir tela completa!
De Amor incondicional
Que me mostrava
Um mundo melhor
E me devolvia o equilíbrio maior...
(À espera do milagre...
Que não chegou
Que não te deixou
Junto a nós...)
Vou ter que parar e olhar
para onde sempre estavas
E não te ver
Ficar imóvel e sem voz
Quando me chegar o teu cheiro
Inolvidável
Quando tocar nas tuas coisas
Como que religiosamente te (a)guardam...
E ouvir teus passos
Que subiam a escada cada vez mais pesados
Uma a uma
Cada vez mais perto
de mim e das nossas conversas...
Vou voltar para junto de ti
Com a mesma ansiedade
Só que agora vou sentir
Aquele murro no estômago
O nó na garganta
Revoltante
E...
Se paro
NÃO avanço
Se penso
Não param
As lágrimas
A revolta
E a tristeza infindável
Da tua ausência
Que me soluça cara abaixo
Em catadupa
Sem respirar...
Do grito mudo
Que me acompanha:
FOI DEMASIADO CEDO
E AGORA SÓ FICOU O MEDO!
domingo, 21 de abril de 2019
3
3 meses sem tiNum dia tão teu...
Houve um silêncio ensurdecedor
Uma ausência de dor
E ao mesmo tempo Tudo estava cheio de ti:
As memórias e as flores
Que floriram como gostavas
O cheiro
(D)Os bolos
Feitos por ti
Imperfeitos
por mim para ti
A mesa da Páscoa
Que te fazia sorrir
No seio da família reunida
(O que mais amavas)!!
Sentimos o teu sorriso
A tua luz guiou nos
Recordámos te
em conversas
Que nos acalentaram
Mas que nos deixaram
suspiros vazios
E aquela tristeza
Correu como rio
que nunca secou!
A vida não pára
Nem a saudade de ti!!
Queria te aqui!
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Look up to the stars
Voo mais uma vezComo tantas outras voei
Ao encontro dos teus braços
Que sempre foram o meu lar...
Voo agora perto de ti
Num horizonte intocável
E sinto te
Nas lágrimas
Na raiva
Incontrolável
Que discorre em porquês
Que continuam sem resposta
Que se transformou
Nesta saudade infinita
Que me agarrou
E nunca mais me largou...
É maior do que o imenso
Céu que vislumbro
(Como que te procuro)
O sol que entra janela adentro
Traz um calor
Que arde em mim
Uma fogueira de dor
Que me agarrou
Que não mais me largou...
Dói igual...
Dói sempre sempre
Sem parar!
Que eu sei,
Foi contigo
E agora a vida
Deixou de ter sentido
Existe apenas
preenchida de dor intensa
Nascida da tua ausência!
E não mais estarás lá
Pra me abraçar...
A vontade que tenho de ti
Da doçura do teu olhar
E das tuas palavras
Cheias
E verdadeiras...)
Para as memórias
Para as rotinas...
Está lá tudo... como sempre..
Menos tu
Menos Nós
Somos menos
Mais pequenos
Sem ti...
Como sempre
Mas agora
tu estás ausente
E o lar não mais será
Doce lar
Será um amargo de boca
Só suportável
Pela tua cara metade
Que cuido para ti!
terça-feira, 19 de março de 2019
Dia do pai
sábado, 9 de março de 2019
Suspiro
Envolta na saudade
Na ansiedade
E neste suspiro
Que se tornou
Ar que respiro!
Regresso e despeço me,
Volta meia volta,
Volta a saudade...
Fazes tanta
mas tanta falta!
Tu o dizias a brincar
Nós sabemos o quanto dói
Essa tua vaidade,
Não há maior verdade!
Não me sei sem ti
Nem me acho
Neste vazio
Que encheu, de infinito, os meus dias!
És tu a maior saudade de todas
Que chega pelo brilho do sol
Que não chega para aquecer
este frio que se entranhou ...
Olho te por entre o azul do céu
Mas há como que um véu
Que me não deixa chegar a ti!
Mal vivo com a tua saudade
E vou,
Partida em mais uma partida!
Todos os dias se lembra da vossa despedida...
Vejo o sobretudo, no seu vago olhar
E nas poucas palavras ditas
Todas são para te encontrar
Todas são para te abraçar
Todas te saúdam
Os seus, os nossos, gestos
São a sua, a nossa luta
Para te honrar!
sábado, 2 de março de 2019
Sem ti
Um mês de ti
Ausente
De uma saudade
Cortante
Um mês feito
De um novo para sempre,
Que grita,
Que dói,
Em mais uma volta!
E volto pela primeira vez
Para um lar partido...
Desta vez
Não estarão os teus (a)braços
E os meus serão
Apenas pedaços
Caídos
Lembranças de tempos
Idos!
Entro!
E ainda te espero
Mas uma vez dentro
Um soco no estômago...
Encontro o vazio
Em tudo o que era cheio de ti
Encontro o vazio
E o mesmo cheiro de ti!
Perco a coragem
Tremo por dentro
E choro desalmadamente!
Tenho tantas saudades
Fazes me falta
E morro aos poucos
Sabendo que um mês
Sem ti
É só o começo
Do que será para sempre...
CFV
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
Para sempre
Afinal
Eu não sabia
O que era distância
O que era saudade
Eu não sabia nada
Afinal
Da dor ou
O que era ausência
Nem sequer sabia
O que queria dizer
Para sempre...
Até tu partires...
Com tanta pressa
Que até aí
Eu nem sabia que era o tempo
Caprichoso e valioso!
Afinal
Pouco ou nada sabia
Do amor incondicional
Que fica
Mesmo na dor
Na ausência
Na saudade
Num novo significado
Para sempre!
CFV
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Vazio incomensurável
Partiste ...
No fim de uma gélida manhã,
Estavamos em janeiro...
partiste...
e o mundo ficou
Tão mais frio
Tão mais feio!
E durante dias a fio
O ar ficou denso
Difícil de respirar!
Partiste e deixaste esta dor,
difícil de suportar!
Fiquei de coração
Partido...
Cheio,
De um novo vazio...
incomensurável!
Assisti à tua caminhada final
Sem que a imaginasse...
de perto, de longe, de perto
sempre presente...
foste ficando mais distante
foste -te entregando
à tua fé
e de uma vontade corajosa de viver
e de uma esperança tão tua
foste aceitando a tua partida...
eu via,
eu sofria
eu não queria...
Mas nada podia!
Restou em mim este novo vazio
Um sobressalto constante
Sou sem ti, incompleta...
Ainda não há palavras suficientes
Para descrever a dor da tua ausência!
Eu sei,
(Que eu sinto-te!)
A tua Força está em mim
A tua Luz,
Eu sei,
Está sempre presente
Mas ainda é a escuridão
Que toma conta dos meus dias
Como um véu...
Passou a ser tão difícil olhar
Em frente,
Assusta muito
O que pode estar
Do lado de lá!
É este medo novo
Que sinto a cada suspiro...
E não sei como continua
A bater no meu peito
Um coração
Pois se vivo num limbo
Sem sentido
Sem sentir
Num turbilhão!
Ah, se soubesses
Como me falta
A tua gargalhada
O teu sorriso
O teu abraço!
Faltas me tanto!
Faltas me em tudo!
E quando penso que vou voltar
Como sempre
Para ti, meu lar...
Mas que não vais estar...
Apetece- me gritar
Tanto, tanto,
Até ficar sem voz...
Mas fica preso
Entre lágrimas
E sai mudo
Este lamento!
Faltou-nos tempo, Mãe...
Agora faltas tu e já não podemos ser Nós...
Eu sei, nunca seria suficiente!
Só que agora o tempo deixou de ter sentido
E tornou- se o meu maior inimigo!
CFV
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
Infinitamente... Como o nosso Amor ... Mãe
Fui tua e tu minha...Mãe!
Foram 38 anos 11 meses e 20 dias...
Mas precisava de ti até morrer...
Sei que não podia ser
Mas queria te cá
Mesmo na distância
Que tão bem sabias encurtar
Ouvir- te
Com orgulho de seres tu a minha Mãe
Ouvir-te sorrir só no teu olá
Ouvir-te a ti e à tua ligeira gargalhada
Nos teus preciosos parabéns!
Queria te cá
Para mais um aniversário
e outro e outro e outro....
Sei que não serias eterna
Mas como deixar- te ir
Como ver -te partir?
É Amor de Mãe e filha
Não tenho outro igual
Ainda não aprendi a ser sem ti!
No fim destes 38
Há este novo silêncio... ensurdecedor!
Sei que estás comigo
Sinto- o a cada noite que adormeço
Partida...
Banhada em lágrimas
Vazia
Ou
Submersa num mar...
...saudade...
Sei-te comigo
A cada sobressalto
que me acorda
E me leva
Imediatamente a ti!
Sinto-te comigo
A cada hora do dia
Numa memória
De agora ou mais antiga
Que traz a tua alegria
Num gesto que seria o teu
No sorriso de quem te queria bem
Na solidariedade
Que tão claramente
Semeaste nos outros
E nos outros
Ensinaste
E em cada um deixaste plantado
Um pedaço de ti
Um pouco aqui e ali
Desse tão teu
amor incondicional!
Sei que estás comigo
Encontro-te
como nunca
E ironicamente
Na tua fé
Que me chega
Lentamente...
E a cada dia
Essa tua força
Essa tua coragem
Essa tua vontade
De viver plenamente
Como bálsamo
Para as minhas dúvidas
Para a minha revolta!
Sinto-me contigo
Quando me intuiste
A cuidar do teu jardim
De flores
De gente
Da família
Que rego para ti!
No início destes 39 penso
Nos teus (a)braços,
Na tua voz reconfortante
No teu infinito amor,
Que senti até me despedir!
Queria te cá, Mãe
Era mais um aniversário
E outro e outro e outro...
Infinitamente...
Como o nosso Amor ...
CFV
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
Mãe
A voar para ti
E no fundo de min
Ouço um tiquetaque
Cada vez mais sonante...
Nuvens suspensas
A fazer lembrar
Uma vida ida
Feita na doce certeza
E na reconfortante leveza
De que te ia encontrar!
Lá fora este sol límpido
A ironizar
O meu caminho
De que sou construída
Desde sempre perdido
Apenas e sempre norteado por ti!
Uma ponte que encerrou!
Vejo- te a cada raio de sol
Imensa como este céu
Que em tantos dias
Nos acalentou
Que em tantas manhãs
Nos esperançou!
São tantas as memórias e as estórias
Nossas!
São tantas as despedidas,
É certo!
Mas sempre com a doce certeza da vinda
E dos teus abraços que foram sempre os meus braços!
Agora, são muitas as lágrimas
E esta dor maior do que consigo suportar
Mas serão sempre mais mil sóis
Ficarão sempre mil vezes mil
Que de ti, recebi
Todos com sabor a promessa,
De que para sempre foste, és e serás o meu regresso!
Que estou tão perto
Sinto-me queimar e gelar
a cada golfada de ar...
Peço,
agora, que estou mais perto do céu,
Ao teu Deus,
Que me leve a tempo até Ti...
Repito te, Mãe,
Exaustivamente, Mãe,
E só te posso imaginar
De sorriso aberto
Para te abraçar!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Distância errada
a facas espetadas
transformado em dias, para sempre!
um tic tac doloroso
possível e imaginária
dirigidas a este
e a outros mundos
e aos deuses
de todas as cores e crenças:
e, volta meia volta,
volta esta escuridão pesada!
domingo, 6 de janeiro de 2019
Asas
Sobre as rodas do costume
Mas dentro de mim
Sao mil e uma,
As asas
Presas
Feridas
Que nunca mais saram
Que anseiam voar
Para bem perto de ti
Para bem perto de vós...
Mil e um pensamentos
E numa só voz
Todos te encontram
Todos nos abraçam
Como se mais nada existisse
Como se as nossas almas se fundissem!
Mais uma das mil e uma percorridas
Mas como esta
Nunca nenhuma foi tão sentida...
Levo-vos comigo
Numa nova saudade
E junto-a a esta impotência
Que me veste
E à única vontade
Que me resiste
Uma volta definida!
Tantas vezes percorrida
Levo-vos comigo
Neste meu olhar perdido
Num desespero infinito
Que teimosamente
Transformo em prece...
Todo e qualquer gesto
É a Deus e aos deuses
Que peço
E a quem mais houver
Neste e noutros mundos,
Que vos pare no tempo
Até ao meu regresso!
Aperto
Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...
-
E quando o impossível é tangível? Quando o inominável é verbo E o inenarrável é grito? Quando o silêncio se veste O impossível acontece! Es...
-
Minha querida liberdade, "A cada esquina um amigo" Na madrugada mais bela Porque tantos esperaram Espreita agora, a cada esquina...
-
Do nada E em tudo Sentes o fim de um tempo E o futuro no presente... O que virá? Quando e como será? Fica ali aquele nó na garganta Um burbu...


